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Em 1718, o Arraial da Ponta do Morro de Santo Antônio foi elevado à Vila de São José, obtendo, assim, seu direito a constituir sua Câmara Municipal. A organização administrativa das vilas coloniais brasileiras estavam centradas nessas Câmaras que tinham a seguinte estrutura: dois juizes ordinários eleitos; três ou quatro vereadores eleitos; um procurador, um tesoureiro e um escrivão, também eleitos. Apenas os chamados homens bons tinham o direito de se elegerem. As reuniões aconteciam duas vezes por semana, geralmente às quartas-feiras e sábados, quando deliberavam sobre assuntos relacionados ao dia-a-dia da população e à fiscalização das condições da vida urbana. ”Este colégio de dirigentes do município escolhia os outros membros da câmara – juízes de vintena, almotacés, depositários, quadrilheiros e outros funcionários” (Victor Nunes Leal). Na parte da frente, a casa possui um avarandado com uma arcada de seis pilastras e gradil de ferro. Acima do arco central, temos uma tarja envolta em rocalhas e, no centro, o desenho de um brasão. A casa possui um porão, onde funcionou provisoriamente a cadeia. Diferentemente das outras casas de Câmara do período colonial, a da Vila de São José não foi construída junto com a cadeia. De 1890 a 1928 funcionou, no prédio, o Fórum. Atualmente, na casa, funcionam: a Câmara Municipal, os serviços da Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade e uma área que, através de convênio, está à disposição da Universidade Federal de Minas Gerais.

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